Carta Aberta
Quando em tempos idos criei este espaço, era apenas o MEU espaço. Um segredo que guardava a minha intimidade, um escape para todo o meu sentir, um museu para algo que eu outrora julgava que me pertencia apenas a mim. Ou também ao destinatário das minhas missivas.
Não imaginava esse refúgio a ser visitado, não me via a partilhá-lo com desconhecidos, não procurava nada nem ninguém. Criei este espaço para desabafar, para poder ouvir o eco do silêncio que ressoava após a libertação das minhas palavras.
Aos poucos fui revelando o que guardava cá dentro, convidando pessoas a visitar extratos do meu coração, a sentirem as minhas palavras, a lerem os meus sentimentos.
Não o fiz por vaidade, pela popularidade barata que todos nós procuramos, para ouvir elogios ou ser admirada. Fiz porque preciso de sentimentos à minha volta, preciso de sentir que toco as pessoas, preciso de as tocar. Nada mais me importa.
Em nenhum momento deixei de sentir o que escrevi. Por mais olhos que me olhassem, consegui sempre abstrair-me deles ou, pelo menos, não deixei que estes interferissem na minha forma estranha de sentir. Pelo contrário, deixei que os sentimentos que pairavam à minha volta me inundassem de mais e mais sentimento. Como se tudo fosse uma gigantesca sede de Amar que eu sei nunca será saciada.
Procurei sim,cada um de voces..., Porque preciso de Amor. Porque preciso de ser sentido. Porque preciso de ser Amada
Haverá algo mais importante do que isso?
Ternurinha
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